domingo, agosto 07, 2011
Desastre Culinario
Quando eu ainda morava na casa da mamãe, eu so entrava na cozinha para fazer pizza e sobremesas.
Quando me mudei pra Paris, inevitavelmente, peguei gosto pela culinaria. Note bem, eu não cozinhava todos os dias, até porque, pra que cozinhar quando existe a Picard?
Eu fiz algumas aulas no Atelier des Chefs, assistia diariamente Un Diner Presque Parfait, assinava Elle a Table, realmente viciada!
Em Hull, eu comecei a cozinhar um pouquinho mais, pois não tinha muita coisa pra fazer. Eu tinha uma cozinha bem grande, tinha maquina de lavar louças (pois o pior de cozinhar é a louça que acumula), tinha um multi-processador, um mixer, um super forno, varios equipamentos, facas, etc... La eu me aventurei mesmo!
Quando cheguei no Rio parei completamente! Eu não tenho vontade de entrar na cozinha. So pra entender, eu estou morando num apartamento de temporada. A cozinha é mini e não tem espaço para trabalhar. Eu preciso fechar a tampa do fogão e usar a maquina de lavar roupas para cortar legumes, por exemplo. Fora isso as panelas e facas são horriveis! Muito vagabundas, nem da gosto de cozinhar. Mas o pior.... tudo, TUDO que eu tentei fazer na cozinha saiu uma catastrofe!!!! Eu tenho colocado muito amor nos pratos, passando horas na cozinha, e no final.. fica horrivel! Muito ruim!!!!
Até receitas feitas vaaaarias vezes antes eu estou errando! Da um desespero! Eu nem entendo por que isso esta acontecendo!
Então, so comida a quilo para salvar a minha vida!
Quando me mudei pra Paris, inevitavelmente, peguei gosto pela culinaria. Note bem, eu não cozinhava todos os dias, até porque, pra que cozinhar quando existe a Picard?
Eu fiz algumas aulas no Atelier des Chefs, assistia diariamente Un Diner Presque Parfait, assinava Elle a Table, realmente viciada!
Em Hull, eu comecei a cozinhar um pouquinho mais, pois não tinha muita coisa pra fazer. Eu tinha uma cozinha bem grande, tinha maquina de lavar louças (pois o pior de cozinhar é a louça que acumula), tinha um multi-processador, um mixer, um super forno, varios equipamentos, facas, etc... La eu me aventurei mesmo!
Quando cheguei no Rio parei completamente! Eu não tenho vontade de entrar na cozinha. So pra entender, eu estou morando num apartamento de temporada. A cozinha é mini e não tem espaço para trabalhar. Eu preciso fechar a tampa do fogão e usar a maquina de lavar roupas para cortar legumes, por exemplo. Fora isso as panelas e facas são horriveis! Muito vagabundas, nem da gosto de cozinhar. Mas o pior.... tudo, TUDO que eu tentei fazer na cozinha saiu uma catastrofe!!!! Eu tenho colocado muito amor nos pratos, passando horas na cozinha, e no final.. fica horrivel! Muito ruim!!!!
Até receitas feitas vaaaarias vezes antes eu estou errando! Da um desespero! Eu nem entendo por que isso esta acontecendo!
Então, so comida a quilo para salvar a minha vida!
sexta-feira, agosto 05, 2011
Made in Barra
Estou fazendo auto escola. Se Deus quiser e se a greve dos instrutores não vingar, eu tiro minha carteira esse ano.
O ruim de tirar a carteira com 31 anos é que a turma tem muita gente novinha. Nunca pensei ficar chata assim ao amadurecer, mas eles fazem muito barulho e falam muita besteira.
Ontem fiquei chocada com uma menina que comentou:
- Cara, ontem eu fui láááá pra A-BO-LI-ÇÃO!
- Eu não me perdi não, eu TIVE que ir lá!
- Foram DO-IS ônibus. E dois ônibus LOTADOS!
Nesse momento, todos foram solidários e tentaram reconfortar a probre depois dessa experiência traumática.
Lagriminha escorrendo no cantinho dos olhos...
Deu dó ver que a juventude que mora na Barra achar que é um absurdo ter que ir a Zona Norte do Rio e pra isso pegar dois ônibus lotados.
O ruim de tirar a carteira com 31 anos é que a turma tem muita gente novinha. Nunca pensei ficar chata assim ao amadurecer, mas eles fazem muito barulho e falam muita besteira.
Ontem fiquei chocada com uma menina que comentou:
- Cara, ontem eu fui láááá pra A-BO-LI-ÇÃO!
- Eu não me perdi não, eu TIVE que ir lá!
- Foram DO-IS ônibus. E dois ônibus LOTADOS!
Nesse momento, todos foram solidários e tentaram reconfortar a probre depois dessa experiência traumática.
Lagriminha escorrendo no cantinho dos olhos...
Deu dó ver que a juventude que mora na Barra achar que é um absurdo ter que ir a Zona Norte do Rio e pra isso pegar dois ônibus lotados.
quarta-feira, agosto 03, 2011
Em 2003, perdemos meu pai. Ele faleceu com 57 anos, novinho. Mas são coisas da vida moderna, comer muita coisa ruim, não praticar esportes, beber muito e fumar muito. Poderia acabar de outra forma? Não, né? Então, um dia ele estava lá e no outro não estava mais. Era uma sexta feira, nós pegamos o ônibus juntos, ele pagou minha passagem, sentamos lá no fundo do ônibus. Nos despedimos com um até logo. Eu fui pra Universidade e ele pro trabalho. E... pluft... acabou.
Isso meio que me fez perceber o quanto é importante exaltar a família, os amigos, o amor! Nós perdemos tantas oportunidades de dizer o que sentimos, o que pensamos, o quanto amamos, por nada. E família, ihhh família... temos que relevar tantas coisas, tantas diferenças e tantos conflitos. Mas é essencial sempre deixar claro pro outro o quanto são importantes para nós apesar das diferenças.
Quando eu me mudei pra Paris em 2005, recebi um email muito inesperado de uma colega da universidade. Ela dizia que gostaria de me dizer antes que nós perdessemos contato o quanto eu era legal e que nunca iria esquecer de nossas raras conversas. Ela estava, na verdade, pegando o tempo dela pra dizer o quanto ela me apreciava, mesmo tendo pouco contato comigo. Eu achei aquilo muuuito bacana da parte dela e nunca, nunca, esqueci! Ela estava certa. Foi muito importante pra mim saber o que ela pensava de mim depois de 5 anos estudando juntas e sem termos perspectiva de quando iríamos nos ver novamente. Ela entrou pra lista das pessoas inesquecíveis da minha vida.
E com minha melhor amiga? Nossa! No dia que eu peguei meu voo para ir ambora, ela me ligou, soluçando de tanto chorar! Eu soube naquele momento, que ela seria minha amiga pra sempre e que distância nenhuma iria nos separar.
Quando cheguei em Paris, como muitos sabem, eu e Romain passamos por um incêndio. E apesar de nunca ter contato aqui, durante os momentos de agonia, eu tive certeza que nós não iríamos sobreviver. Eu lutei lutei lutei, quando vi que não tinha jeito e que meu corpo não aguentava mais, eu simplesmente sentei no chão e esperei o pior acontecer. E pra minha surpresa, não. Eu renasci! O dia mais importante da minha vida foi o dia seguinte quando saimos do hospital, eu estava com meu amor, estavamos vivos, era um dia lindo e ensolarado em Paris, as famílias brincavam no parque. Era como se nada tivesse acontecido. Nós não tinhamos nada, nem casa, nem roupas e nem documentos, mas a vida estava ali, enchendo nossos pulmões e nossos corações. Depois daquele dia, eu decici viver, viver sem medo, como se não existisse amanhã. Viajar, torrar todo o dinheiro, conhecer novas culturas, manter contato com a família, fazer tudo que der vontade! Era uma nova fase da minha vida.
Hoje, 6 anos depois, alguém partiu novamente e Romain comenta que é necessário viver a vida pois a vida é curta. Eu percebo então, que eu não vivi esses os últimos 3 anos como eu gostaria.
Então as coisas ruins estão sempre ali, me alertando o quanto é importante cuidar da minha família, dos meus amigos, do meu amor e de mim! Quando será que eu farei disso minha religião e irei praticá-la diariamente e não só nos momentos difíceis?
Isso meio que me fez perceber o quanto é importante exaltar a família, os amigos, o amor! Nós perdemos tantas oportunidades de dizer o que sentimos, o que pensamos, o quanto amamos, por nada. E família, ihhh família... temos que relevar tantas coisas, tantas diferenças e tantos conflitos. Mas é essencial sempre deixar claro pro outro o quanto são importantes para nós apesar das diferenças.
Quando eu me mudei pra Paris em 2005, recebi um email muito inesperado de uma colega da universidade. Ela dizia que gostaria de me dizer antes que nós perdessemos contato o quanto eu era legal e que nunca iria esquecer de nossas raras conversas. Ela estava, na verdade, pegando o tempo dela pra dizer o quanto ela me apreciava, mesmo tendo pouco contato comigo. Eu achei aquilo muuuito bacana da parte dela e nunca, nunca, esqueci! Ela estava certa. Foi muito importante pra mim saber o que ela pensava de mim depois de 5 anos estudando juntas e sem termos perspectiva de quando iríamos nos ver novamente. Ela entrou pra lista das pessoas inesquecíveis da minha vida.
E com minha melhor amiga? Nossa! No dia que eu peguei meu voo para ir ambora, ela me ligou, soluçando de tanto chorar! Eu soube naquele momento, que ela seria minha amiga pra sempre e que distância nenhuma iria nos separar.
Quando cheguei em Paris, como muitos sabem, eu e Romain passamos por um incêndio. E apesar de nunca ter contato aqui, durante os momentos de agonia, eu tive certeza que nós não iríamos sobreviver. Eu lutei lutei lutei, quando vi que não tinha jeito e que meu corpo não aguentava mais, eu simplesmente sentei no chão e esperei o pior acontecer. E pra minha surpresa, não. Eu renasci! O dia mais importante da minha vida foi o dia seguinte quando saimos do hospital, eu estava com meu amor, estavamos vivos, era um dia lindo e ensolarado em Paris, as famílias brincavam no parque. Era como se nada tivesse acontecido. Nós não tinhamos nada, nem casa, nem roupas e nem documentos, mas a vida estava ali, enchendo nossos pulmões e nossos corações. Depois daquele dia, eu decici viver, viver sem medo, como se não existisse amanhã. Viajar, torrar todo o dinheiro, conhecer novas culturas, manter contato com a família, fazer tudo que der vontade! Era uma nova fase da minha vida.
Hoje, 6 anos depois, alguém partiu novamente e Romain comenta que é necessário viver a vida pois a vida é curta. Eu percebo então, que eu não vivi esses os últimos 3 anos como eu gostaria.
Então as coisas ruins estão sempre ali, me alertando o quanto é importante cuidar da minha família, dos meus amigos, do meu amor e de mim! Quando será que eu farei disso minha religião e irei praticá-la diariamente e não só nos momentos difíceis?
segunda-feira, agosto 01, 2011
Back to Brazil
Seis anos depois, eu volto ao Brasil e pra minha surpresa as rádios ainda tocam a mesma seleção de músicas internacionais mega cafonas. Acredito que elas estejam nas playlists das radios desde 1980.
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