sábado, junho 16, 2007

Um mundo inteiro...

... em Paris.

Portugal, Espanha, Italia, Estados Unidos, México, Colombia, Lituania, Algéria, Libano, Tailandia, Laos, Vietnam, Nova Caledônia, Japão e China. Paises de origem de alguns colegas que eu fiz aqui em Paris.

A China ganha em numero ! Soh da chinês por aqui ! =)

Soh pra constar, também tem brasileiro paracaraleo !!!

domingo, junho 03, 2007

Cinema

Nos alimentamos o mundo

Ontem a noite passamos na frente de um cinema que passava o documentario We Feed the World. Um documentario que segue a linha de Super Size Me, The Fast Food Nation e O Pesadelo de Darwin. Recomendo a todos ver o filme e saber a realidade do mercado alimentar mundial.

Você sabia que que a mesma area da superficie da França e Portugal juntos foram devastadas desde 1975 da Amazonia? E que hoje em dia o maior produtor de soja do mundo é do Mato Grosso e consiste em, nada mais, nada menos, que o governador do Mato Grosso? E que todos esses hectares de plantação de soja eram Floresta Amazonica antes? E que 1m² de mata amazonica custa UM CENTAVO para eles? O pior é ouvir que eles desmataram hectares e hectares de floresta para plantar soja e que soh depois eles se deram conta que o solo não era bom para soja !!! Eh revoltante !

Esse, obvio, foi o caso que mais me chocou. Eu jah sabia tudo isso, mas não sabia da dimensão do problema. Mas o filme não para aih, não! Ele fala da pesca na França, da plantação de legumes hibridos na Romenia, da imigração clandestina de africanos na Espanha para trabalhar em condições sub humanas nas plantaçoes de tomates. E até o Diretor Presidente da lider mundial em alimentos Nestlé da uma palhinha da sua opnião sobre o nosso bem mais precioso, AGUA !

Não deixe de ver esse documentario !

Nós alimentamos o mundo
(We Feed the World)
de Erwin Wagenhofer, com Jean Ziegler, Peter Brabeck, Karl Otrok
Áustria, 2005. 96min

Sinopse:
No filme são entrevistados de pescadores até o presidente da Nestlé, de pequenos fazendeiros ao sociólogo suíço Jean Ziegler, em uma investigação sobre a indústria do alimento e sobre a fome. “Poderíamos alimentar facilmente 12 bilhões de pessoas. Ou seja, cada criança que morre de fome atualmente está sendo, na verdade, assassinada”, diz Ziegler, delegado especial da ONU sobre o direito à alimentação. Vitaminado por filmes como Super Size Me - A dieta do palhaço (2004) e livros como Nação fast food - que virou filme, exibido neste Festival do Rio -, Nós alimentamos o mundo se tornou o documentário de maior público da história do cinema austríaco. Participou do Festival de Toronto.

Comentarios AQUI também.


Jesus Camp

Um grupo de crianças estende os braços em direção a uma imagem em tamanho natural de George W. Bush. A "adoração", na verdade uma oração para o "líder", não faz parte de um episódio de "South Park" satirizando o presidente norte-americano. É a realidade de meninos e meninas, com idade a partir de 6 anos, que freqüentam um insólito acampamento de verão nos EUA. Lá, rezam, choram e gritam, entre outras coisas, contra o aborto.

Revelado no documentário "Jesus Camp", em cartaz nos EUA desde o início de outubro, o acampamento Kids on Fire [crianças em chamas], em Devil's Lake, Dakota do Norte, ensina crianças a se tornarem "soldados do exército de Deus". Numa das cenas mais impressionantes, elas aparecem vestindo roupas semelhantes a uniformes do exército, com pintura de camuflagem no rosto, dançando com espadas de madeira, ao som de um "heavy metal cristão", segundo definição do jornal "The New York Times".

Nenhum dos personagens retratados no documentário se mostrou, até agora, insatisfeito com o resultado ou repercussões do filme. Salvo o ex-presidente da Associação Nacional de Evangélicos, Ted Haggard, que colocou um comunicado no site da instituição acusando o documentário de "manipular os fatos" como faria Michael Moore, e comparando a câmera do documentário à do filme de terror "A Bruxa de Blair".

Haggard, ferrenho oponente do casamento gay e conhecido como conselheiro de Bush, foi afastado na semana passada da associação, depois de ser acusado de ter pago, durante três anos, para fazer sexo com um garoto de programa, de quem também teria comprado anfetaminas. Após seu afastamento, o pastor enviou um pedido de desculpas à associação, numa carta em que se disse "culpado de imoralidade sexual".

O crítico de cinema Amir Labaki, diretor do É Tudo Verdade, pretende trazer o documentário para a edição de 2007 do festival paulista. Por enquanto, é possível ver trailers no YouTube (www.youtube.com).

Relativamente bem-sucedido nos cinemas americanos, com uma renda que já passa de US$ 600 mil (quase R$ 1,3 milhão), o documentário narra a rotina, no acampamento, de três seguidores da teologia do cristão renascido --Rachel (9), Tory (10) e Levi (12)-- e de Becky Fischer, pastora que ensina ao seu rebanho infantil que o aquecimento global é um mito da ciência. E que Harry Potter é discípulo do demônio.

Fischer, que faz seus pupilos carregarem fetos de plástico em manifestações contra o aborto, afirma ainda que o Kids on Fire é uma versão "anódina" de instituições similares no mundo islâmico, onde crianças seriam treinadas para se tornar homens e mulheres-bomba.

Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Tribeca, "Jesus Camp" foi dirigido por Heidi Ewing e Rachel Grady, cujo documentário anterior, "The Boys of Baraka", acompanhou Devon Brown, pastor de uma igreja de Baltimore. Com o novo filme, as diretoras queriam ampliar a discussão do primeiro, falando não só da devoção de crianças mas também da relação entre religião e política nos EUA.

A imprensa americana considerou o filme um retrato contundente do fundamentalismo pentecostal nos EUA e de sua perigosa ingerência na política do país. Grady ressaltou numa entrevista que os "evangélicos não estão fazendo nada ilegal". Na verdade, estariam "abraçando e utilizando a democracia em todo seu potencial".

Em entrevista à Folha, Ewing também relativiza.

"Acho que o filme só é assustador para aqueles que já têm uma noção preconcebida ou impressão negativa dos evangélicos. Nós [diretoras] ficamos impressionadas com a seriedade com que as crianças tratam sua devoção e o quanto ela significa para elas. As crianças nunca pareciam entediadas no acampamento, simplesmente queriam mais e mais", diz Ewing, que defende a imparcialidade de seu filme.

Olhar imparcial

"Como documentarista, você deve ser capaz de separar sentimentos pessoais do assunto e tentar ao máximo entender o mundo da perspectiva dos personagens do filme. Uma vez que passamos pelo choque inicial de ver as crianças tão emocionadas durante as missas e atividades, fomos capazes de focar nossa atenção nelas, em seus pais e seus objetivos."

Ewing, que é católica, e Grady, que é judia, evitaram tomar partido. Mas não abriram mão de adicionar conflito à medida que viram seu filme correr o risco de virar um vídeo institucional do Kids on Fire.

A dissensão veio na voz de Mike Papantonio, apresentador de um programa de rádio cristão. Para ele, a educação das crianças do acampamento está, sim, ultrapassando os limites entre Igreja e Estado.

Papantonio também se preocupa com a agressividade que exala das imagens. Numa entrevista com Fischer, ele diz: "Você pode dizer qualquer coisa a uma criança. Pode transformá-la num soldado que carrega uma metralhadora".

Texto de EDUARDO SIMÕES da Folha de S.Paulo.

» Direção: Heidi Ewing, Rachel Grady
» Roteiro: ?
» Gênero: Documentário
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 84 minutos